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Na manhã de terça-feira (19), foi decretado que o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Julio Garcia (PSD), está em prisão domiciliar. Ele foi detido a partir da Operação Alcatraz da Polícia Federal, que investiga crimes de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro.
Operação Alcatraz
A segunda fase da operação, com apoio da Receita Federal, denominada como ‘’Fase Hemorragia’’, investiga a prática de crimes de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro.
As investigações iniciaram em 2018, após o encaminhamento de uma representação pelo Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Federal, o material mostra indícios de desvios de recursos causados pelas Secretarias de Estado da Administração e Saúde.
As provas mostram que trata-se de uma organização criminosa que estava envolvida no Governo do Estado de Santa Catarina entre os anos de 2008 e 2018. O desvio seria administrado por ocupantes de cargos importantes em instituições públicas e pessoas que possuem forte influência política.
Crime
Segundo apurações da PF, o crime envolvia empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Ele acontecia através da criação de procedimentos administrativos com o intuito de formalizar contratações milionárias sem qualquer determinação prévia de preços ou ainda instruídos com orçamentos apresentados por empresas que tinham ligação em sociedade ou comercial entre elas.
É estimado um valor de R$50 milhões de contratos simulados de empresas integradas com a organização criminosa. Além disso, há fortes indícios que os pagamentos eram realizados em espécie.
Diante disso, a Polícia Federal cumpriu, na terça-feira (19), 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove mandados de prisão temporária, que serão cumpridos nos municípios de Florianópolis, Joinville e Xanxerê.
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